modelagem, casting e fusing: qual a diferença?

O vidro é um material que oferece mil e uma possibilidades de trabalho. O sopro é feito com o vidro em alta temperatura, em torno dos 1300°C. Mas é possível moldar o vidro em temperaturas mais baixas também, entre 500 a 1000°C, com resultados completamente diferentes. Veja a seguir algumas das principais técnicas de baixa temperatura:

MODELAGEM:

vidro em torno de 550-600°C

A lâmina de vidro é deformada a quente sem perda da estrutura, ou seja, mantem a grosso modo seu tamanho e sua espessura, apenas se acomodando a um determinado molde. Ideal para criar dobras, esferas e curvas.

exemplo de modelagem: Poltrona Ghost por Cini Boeri & Tomu Katayanagi para Fiam Italia

FUSING

vidro em torno de 750-800°C

Nessa temperatura, o vidro tem sua estrutura modificada. Continuamos com um aspecto de lâmina, mas já podemos "fotografar" detalhes da forma - a placa de vidro amolece e desce por gravidade, pegando o formato do que está embaixo.

exemplo de fusing: Obra de Klaus Moje, Squeeze Impact Series, 2004

CASTING

vidro em torno de 900°C

O vidro derretido e incandescente é despejado dentro de uma forma oca e ali solidifica, da mesma forma como se derrete chocolate para fazer ovo de Páscoa.

- kiln casting: coloca-se o vidro para derreter dentro de uma forma que vai em um forno de baixa temperatura. Uma versão dessa técnica é a pâte de verre ("pasta de vidro" em francês), na qual o vidro é usado com uma consistência de pasta, com grãos bem pequenos. A pâte de verre é usada por vidreiros renomados como Daum e Lalique.

exemplo de casting: Obra de Ann Wolff, Head Series, 1990’s

Outro exemplo da técnica de casting, agora com kiln casting: Water Breathing, de Petr Stacho, 2018. Clique na foto para acessar o site do artista e ver outras de suas obras.

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